segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FINALMENTE SOBRE MÚSICA


Venho, com esse primeiro post sobre música, trazer a luz uma banda que conheço há bastante tempo o Van Der Graaf Generator. Sim, é o mesmo nome daquela máquina que encontramos nas feiras de ciência da escola, que arrepia os fios de cabelo. O incrível é que podemos encontrar semelhanças entre os efeitos que a máquina e a banda causam-nos.



Dias atrás, enquanto ouvia uma lista antiga de canções no youtube, me peguei empolgadíssimo ao ouvir pela milésima vez A Plague of Lighthouse Keepers. Música do álbum Pawn Hearts, de 1971. A canção traz melancolia, desespero, loucura, solidão, morte e redenção mesclados em vinte e poucos minutos. Interessante mencionar que especialmente nessa música, não encontramos guitarras e contrabaixo, instrumentos marcantes no rock. Os quatro caras atacam apenas com dois teclados, dois saxofones e a bateria.

Não pretendo contar toda a trajetória da banda, mesmo porque, se você já conhece não vai querer ler outra vez. Se não conhece, peça auxílio ao santo Google e tenho certeza que ele te atenderá. O que de fato pretendo com o post é contribuir com o número absurdo de amantes brasileiros da boa música (como eu) que diz saber inglês, mas ao assistir um vídeo sem legenda, perde muita coisa. Por esse motivo, legendei em quatro partes A Plague of Lighthouse Keepers (aqui), uma das minhas favoritas. O vídeo traz a banda afinadíssima, em um cenário com velas e Peter Hammill regado a vinho lendo a letra. 

Hammill (vocal, letras, guitarra e líder da banda) sabia o que queria e conseguiu atingir, no meu ponto de vista, um alto nível de concepção musical. Esses ingleses, quando querem, sabem criar um bom rock. Uma música que não se limita a mero acompanhamento ou barulho de fundo para determinadas situações.

A música do Van Der Graaf causa sensações e estimula o pensamento do ouvinte levando-o a esquecer da mediocridade humana, por alguns minutos é claro. Se o objetivo de uma banda é fazer o ouvinte sentir algo durante e/ou após a audição, esses caras atingiram cerca de 70% do objetivo. Na realidade, acho que ninguém conseguiu o total. Arriscaria dizer que ainda não criaram a obra perfeita.    

Posso afirmar ainda, que o Van Der Graaf Generator não possui nem metade do reconhecimento que merece. Tantas bandas menores ainda são lembradas e aclamadas pela atual juventude que insiste em negar a qualidade da numerosa produção do rock progressivo, devo admitir que concordo em muitos casos. De fato, o rock progressivo é uma vertente de difícil digestão. Vou me aprofundar nessa discussão no futuro.

Penso que o VDGG, ainda terá seu merecido valor reconhecido em escala mais abrangente. Fica aqui a indicação, ouça tudo que encontrar do Van Der Graaf Generator, certamente não será perda de tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário