Aos 16 anos de idade (1999), resolvi castigar o mundo com minhas palavras, escrevi.
Desta época sanguínea, uma poesia.
Carne
Quando cheguei, emergindo lento
Do meu casulo sangrento
Para mim, tudo já estava preparado
Todas as bajulações haviam sido planejadas
Do meu casulo sangrento
Para mim, tudo já estava preparado
Todas as bajulações haviam sido planejadas
Em labirinto infame
Um denso ar negro me envolve as ideias
Lembro-me dos dias aleatórios
Dádivas de coincidência inerte, causando sequelas no nada
Um denso ar negro me envolve as ideias
Lembro-me dos dias aleatórios
Dádivas de coincidência inerte, causando sequelas no nada
A carne ainda exala aquele cheiro de desconfiança
Aromas repugnantes rebentam lacrimejar em olhos selvagens
Quantas lágrimas misturadas a lama,
Que até os tornozelos me cobria?
Aromas repugnantes rebentam lacrimejar em olhos selvagens
Quantas lágrimas misturadas a lama,
Que até os tornozelos me cobria?
As éguas mortas. Quanto fedor
Horror! O horror me corrói
Meus grandes olhos. Pedras vivas pelo desgaste
Se fecham, ao assistir a queda de carcaças vazias recheada de vermes
Horror! O horror me corrói
Meus grandes olhos. Pedras vivas pelo desgaste
Se fecham, ao assistir a queda de carcaças vazias recheada de vermes
Na profunda escuridão, a dor me tortura
Meus joelhos, a lama se rendem
Lama eterna e vazia de formas
Onde foi que deixei minha carne carcaça?
Meus joelhos, a lama se rendem
Lama eterna e vazia de formas
Onde foi que deixei minha carne carcaça?
Vejo o líquido viçoso
Onde se alimentam lentamente todos os vermes
Que como veleiros prateados flutuam, naufragam
E entram em minha boca morta.
Onde se alimentam lentamente todos os vermes
Que como veleiros prateados flutuam, naufragam
E entram em minha boca morta.
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